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O tráfico humano no Brasil: Uma realidade sombria

Parece algo improvável de acontecer, mas infelizmente o tráfico humano no Brasil ainda é praticado na atualidade. Também chamado de tráfico de pessoas, tem sido uma das atividades ilegais que mais tem se expandido em pleno século XXI. Mesmo sendo algo que viola totalmente os direitos humanos, é algo altamente rentável para os criminosos. 

Caso você não saiba, o tráfico de pessoas foi definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Protocolo de Palermo de 2003 como: “recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso da força ou outras formas de coerção, de rapto, de fraude, de engano, do abuso de poder ou de uma posição de vulnerabilidade ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios para obter o consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o propósito de exploração”. 

Resumindo, basicamente se trata de comercializar, escravizar, explorar e privar vidas. Parece algo absurdo nos dias atuais, mas infelizmente isto acontece mais do que a gente imagina. E acredite, é o terceiro negócio ilícito mais rentável a nível mundial, perdendo apenas para as drogas e armas. 

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Este tipo de prática ilícita pode acontecer em qualquer país, sendo crianças, mulheres e adolescentes as principais vítimas. E claro não podemos deixar de ressaltar, que o tráfico de pessoas é mais comum em países onde há desigualdades econômicas, instabilidades políticas, falta de emprego, educação e perspectivas de um futuro para os jovens. 

Por se tratar de um tema altamente relevante, no post de hoje trataremos especificamente sobre o tráfico humano no Brasil, servindo assim de alerta para a população. Acompanhe! 

A rota do tráfico: De onde saem e para onde vão as vítimas brasileiras

O tráfico humano no Brasil acontece com mais frequencia nas regiões mais pobres do país, onde mulheres e adolescentes são os mais procuradas para exploração sexual, trabalho escravo ou até mesmo para a venda de orgãos e tecidos. 

Na atualidade, no Brasil existem mais de 241 rotas do tráfico nacional e internacional. A região norte do país tem a maior quantidade de rotas (76), seguida do Nordeste (69), sendo o Estado do Amapá um dos pontos principais devido a sua extensa área de fronteira. 

Normalmente as vítimas se dirigem para diferentes países tais como: Itália, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Lília, Portugal, Canadá, Dinamarca, entre outros. E levantamentos mostram, que a maioria das vítimas brasileiras têm como destinos a Suíça, Espanha e Holanda. 

Os métodos dos traficantes: Como as vítimas são atraídas e coagidas

Os traficantes utilizam diversos métodos para atrair e coagir suas vítimas. Uma das principais é enganar a pessoa prometendo um melhor emprego em outro país. Os meliantes se aproveitam da situação precária das pessoas, muitas vezes sem emprego, com dívidas altíssimas e sem esperança nenhuma de melhorar sua situação. 

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Os criminosos utilizam isso, e oferecem uma oportunidade incrível e única, a qual cobre passagens e demais gastos até chegar no país escolhido. Ao chegar finalmente no destino, a vítima muitas vezes é sequestrada e colocada para trabalhar em cárcere privado, e acaba sendo escravizada. 

Nos dias atuais, com a tecnologia tão avançada, muitos criminosos também utilizam as redes sociais para “pescar” suas vítimas, usando as mais diversas artimanhas e enganações. 

As consequências para as vítimas: Exploração sexual, trabalho escravo e violência

Se estima que o Brasil hoje seja o país com maior índice de mulheres traficadas para fins sexuais da América do Sul. Muitas das vítimas chegam no país de origem com visto de turista, onde o ato criminoso se camufla por atividades legais, tais como babás, garçonetes, dançarinas, entre outros.

Após serem enganadas ao chegar, estas mulheres são obrigadas a trabalhar até 13 horas por dia no mercado do sexo, não podendo recusar nenhum cliente, e até mesmo obrigadas a usar drogas e álcool para se manterem acordadas. Assim como também, acabam ficando expostas a todo tipo de doenças sexualmente transmissíveis e sofrem violência por parte dos clientes.  

Os desafios no combate ao tráfico humano: A falta de recursos e a corrupção

Em relação ao tráfico humano no Brasil, um dos maiores desafios para combater este crime, é a falta de leis claras de proteção às vitimas, sobretudo na Amazônia, onde não existe fiscalização adequada nas longas distancias geográficas. Sendo assim, os traficantes se aproveitam das fragilidades na fiscalização, e até mesmo utilizam as mesmas rotas preestabelecidas pelo tráfico de drogas e armas. 

Assim como também, não podemos deixar de mencionar a corrupção de agentes públicos, os quais ajudam a falsificar documentos para as vítimas. 

E também, a falta de divulgação do problema por parte das mídias é outro grande desafio para combater o tráfico humano. É preciso promover campanhas alertando para que as pessoas não acabem se tornando vítimas deste crime. 

A importância da conscientização e prevenção: Como podemos ajudar a combater o tráfico humano no Brasil

No caso do tráfico humano no Brasil a prevenção é a melhor solução. Se observa que haja indícios de tráfico humano, oriente a pessoa da seguinte maneira: 

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  • Suspeite sempre de propostas de emprego fácil;
  • Sugira que antes de aceitar a proposta de trabalho, leia com muita atenção o contrato e procure ajuda de um especialista na área;
  • Peça a pessoa que deixe telefone e localização para onde está indo;
  • Sugira a pessoa que tenha sempre em mãos o contato de consulados e ONGs. 

E lembre-se: em caso de tráfico de pessoas, denuncie! Disque denúncia: 100

Conclusão

Para finalizar, não podemos deixar de falar de Danny Boggione, ativista na luta contra o tráfico de pessoas e influenciadora, a qual conta com um canal no YouTube chamado Sobrevivendo na Turquia.  Nele responde dúvidas e perguntas para servir de alerta às mulheres.  

Danny, além de trabalhar em suas redes sociais pela causa, já participou do resgate de brasileiras no exterior, as quais estavam em cárcere privado, e tudo foi feito de maneira totalmente gratuita. 

Se quer conhecer mais a fundo o trabalho da ativista, pode seguir seu Instagram: @dannyboggione

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